Lisboa despertou com espanto e confusão quando, nas primeiras horas da manhã, começou a circular um rumor perturbador: Roger Schmidt, treinador do Sport Lisboa e Benfica, teria falecido. Em questão de minutos, as redes sociais tornaram-se um turbilhão de mensagens, condolências e especulações. No entanto, poucas horas depois, o próprio técnico alemão surgiu, sereno e sorridente, para pôr fim a todas as dúvidas com uma frase simples e poderosa: “Estou muito vivo.”
O boato começou em grupos de mensagens e rapidamente espalhou-se por plataformas digitais, criando uma onda de choque entre adeptos e simpatizantes. A notícia falsa chegou a ser partilhada em páginas de adeptos estrangeiros e até em fóruns dedicados ao futebol europeu. Muitos benfiquistas, ainda sonolentos e incrédulos, foram surpreendidos por mensagens alarmantes. “Não podia acreditar”, contou António Correia, sócio do clube há mais de trinta anos. “Vi a notícia e o coração quase me parou. Roger tem sido um símbolo de estabilidade e paixão no banco do Benfica.”
Quando finalmente o clube tomou conhecimento da situação, a direção agiu rapidamente. Através das suas redes oficiais, o Benfica publicou uma nota curta mas direta: “Roger Schmidt está bem. Os rumores que circulam são totalmente falsos.” Pouco depois, o treinador apareceu pessoalmente, em tom tranquilo, para confirmar que estava saudável e a preparar o próximo jogo. “Recebi centenas de mensagens, algumas até com lágrimas”, disse Schmidt, com humor contido. “Quero agradecer a todos pela preocupação, mas garanto: estou bem, estou muito vivo e com muita vontade de continuar a trabalhar.”
O episódio, embora breve, revelou algo maior: o impacto emocional que Schmidt conquistou entre os adeptos do Benfica. Desde a sua chegada, o treinador alemão transformou o estilo de jogo da equipa, trouxe disciplina tática e resgatou a intensidade que os encarnados tanto prezam. Sob o seu comando, o clube voltou a brilhar em Portugal e na Europa, com uma mentalidade ofensiva e organizada. Por isso, o rumor do seu falecimento tocou profundamente o coração benfiquista.
“Foi um susto enorme”, admitiu Joana Silva, adepta fervorosa das águias. “Roger representa uma era de esperança. O Benfica precisava dessa energia que ele trouxe. Quando ouvi que tinha morrido, parecia que o mundo parava por uns instantes.”
Durante a entrevista improvisada no Seixal, Schmidt manteve o mesmo tom calmo que sempre demonstrou à beira do relvado. “Infelizmente, vivemos tempos em que a informação se espalha muito rápido, mesmo sem verificação”, afirmou. “Mas prefiro ver o lado positivo: percebi o quanto os benfiquistas se importam comigo e com a equipa. Isso dá-me força.”
O treinador revelou que soube do rumor através de um membro da sua equipa técnica, que o acordou com um telefonema urgente. “Acordei com o telefone a vibrar sem parar”, contou ele, rindo. “Primeiro pensei que era algo relacionado ao treino. Depois ouvi a palavra ‘morte’ e não acreditei. Fiquei mais preocupado com as pessoas que iam sofrer com a mentira do que comigo mesmo.”
A falsa notícia teve origem desconhecida, mas acredita-se que tenha surgido de uma conta anónima em uma rede social. Especialistas em comunicação digital comentaram que casos assim tornam-se comuns, especialmente em torno de figuras públicas. “Basta um título sensacionalista para gerar pânico”, explicou o jornalista e analista de mídia Carlos Neves. “No caso de Schmidt, a ligação emocional com o público português amplificou a repercussão.”
Depois do esclarecimento, as mensagens de apoio não pararam de chegar. Jogadores, dirigentes e ex-atletas do Benfica publicaram palavras de carinho e alívio. Ángel Di María escreveu: “Mister, o coração do Benfica bate forte porque você está connosco.” Otamendi, capitão da equipa, partilhou uma fotografia no balneário com a legenda: “Vivo, forte e a liderar como sempre.” Até adeptos rivais mostraram respeito, reconhecendo o impacto que o treinador teve no futebol português.
Schmidt aproveitou o momento para enviar um recado a todos os benfiquistas: “Não se deixem enganar por notícias falsas. O Benfica precisa de união e verdade. Estamos concentrados em vencer, em honrar esta camisola e em seguir juntos.”
Nos corredores da Luz, o episódio foi encarado como uma lição sobre responsabilidade digital. O próprio clube estuda lançar uma campanha de sensibilização contra a propagação de informações falsas, especialmente relacionadas a figuras desportivas. “Vivemos num tempo em que uma mentira pode correr o mundo em segundos”, declarou um porta-voz encarnado. “Cabe-nos, como instituição, promover a verificação e o respeito pela verdade.”
Entre os adeptos, o susto deu lugar a uma sensação de alívio e até de humor. Nas redes sociais, multiplicaram-se memes com a frase “Estou muito vivo”, acompanhados de imagens do treinador sorridente. Alguns chegaram a criar camisolas improvisadas com o lema, transformando o susto num símbolo de união. “É assim o Benfica: sofre, chora, ri e volta a acreditar”, comentou um utilizador no X (antigo Twitter).
O episódio também reacendeu a discussão sobre o papel das figuras desportivas na era digital. Schmidt, conhecido por sua discrição e profissionalismo, raramente comenta assuntos fora do campo. No entanto, neste caso, sentiu-se obrigado a falar diretamente ao público. “Não costumo responder a rumores”, disse ele. “Mas este era demasiado grave. Não podia deixar que as pessoas que me respeitam acreditassem numa mentira.”
O treinador concluiu a entrevista deixando uma mensagem de esperança: “Tenho uma missão no Benfica. Estamos a construir algo forte, e nada, nem falsos rumores, vai tirar-nos o foco. Tenho orgulho em liderar este grupo e em sentir o amor dos adeptos. Essa é a energia que me mantém vivo — no coração e na alma.”
Depois da sua declaração, o ambiente no centro de treinos voltou à normalidade. Os jogadores retomaram os trabalhos com sorrisos e brincadeiras, muitos ainda comentando o episódio. Para o plantel, o boato serviu como um lembrete de que, por trás do técnico exigente, existe um homem simples, com humor e humanidade.
“Roger riu-se da situação”, contou Florentino Luís. “Disse que se até os boatos tentam pará-lo, é porque está a fazer algo certo.” A frase, recebida com gargalhadas, correu o vestiário e reforçou o espírito de união.
À noite, a fachada do Estádio da Luz iluminou-se de vermelho intenso, num gesto simbólico de vitalidade e esperança. A estrutura monumental, que tantas vezes ecoou vitórias e emoções, parecia agora pulsar com um novo significado: o da vida e da verdade. Muitos adeptos passaram pela porta 18, deixando cachecóis e bilhetes com mensagens de carinho ao treinador. “Força, mister! O Benfica está contigo!”, lia-se em vários papéis presos às grades.
O caso rapidamente atraiu atenção internacional. Jornais alemães e espanhóis noticiaram o desmentido com curiosidade e até com certo espanto. “O treinador do Benfica vivo e ativo após rumor infundado”, escreveu o Bild. O Marca destacou: “Roger Schmidt responde com classe e serenidade a boato de morte”.
Apesar da confusão, Schmidt optou por encarar o episódio com naturalidade e até com gratidão. “A vida no futebol é intensa. Um dia falam bem, noutro inventam tragédias. O importante é manter o foco e continuar o trabalho.”
No final da tarde, o treinador dirigiu-se aos adeptos com uma última mensagem: “Obrigado por todas as mensagens e pela preocupação. O vosso carinho mostra que o Benfica é uma família. E uma família assim dá força a qualquer um. Continuamos juntos, vivos, e prontos para o próximo desafio.”
O rumor pode ter durado poucas horas, mas o impacto emocional foi profundo. A frase “Estou muito vivo” já entrou para o vocabulário dos adeptos, símbolo de resistência, união e verdade. Num mundo de ruído digital e desinformação, Roger Schmidt deu uma lição simples e poderosa: a verdade fala por si.
Enquanto o sol se punha sobre Lisboa, as águias voltavam a voar alto — e o treinador, mais vivo do que nunca, continuava a preparar o próximo jogo, com o mesmo olhar determinado de sempre. Porque, no Benfica, a vida segue, e a paixão nunca morre.